Esse ano, trazemos um termo que, tanto na língua francesa quanto na língua portuguesa, designa a própria fotografia: o clichê (ou cliché). Embora o clichê possa estar associado à sensação de familiaridade e conforto, no campo das artes, pode logo ganhar ares de vilão. Lançar mão de clichés, ainda mais para retratar culturas diferentes, por mais lisonjeiro que possam parecer, acaba se tornando reducionista e superficial, quando não contribui para uma homogeneização das representações. Por isso, nosso convite é para ir além do clichê! Libertar-se por completo do clichê, trazendo o que é original, criativo, inovador, surpreendente, inusitado! Ou, até mesmo, um convite para desconstruir o clichê, mergulhar em sua essência, procurar compreendê-lo para melhor destacar o que ele deixa de mostrar, os aspectos que ficaram de fora. Convidamos os fotógrafos a irem além do clichê, desprender-se do básico, ousando e experimentando novas técnicas, novos formatos e novos olhares.
O clichê está presente nas mais diversas áreas e todas são bem-vindas e poderão ser contempladas: representações ligadas a nacionalidades, gêneros, eventos, comportamentos etc. Essa pode, por exemplo, ser a ocasião de revisitar a cena da campanha publicitária da família-margarina. Alguns mais locais, outros universais, os clichês podem ser o ponto de partida, servindo de base ou referência para o trabalho apresentado. As possibilidades a serem exploradas são múltiplas. O intuito não será simplesmente reproduzi-los, mas propor uma releitura, que pode vir acompanhada de humor, aproximando-se da paródia, ou adotando tom mais sério, de crítica e, até mesmo, denúncia. Se o clichê está associado ao lugar comum, o diferencial é incluir o elemento surpresa, trazendo de volta a originalidade diante do que já era esperado ou conhecido.
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Sobre o Prix Photo

Rogério Vieira
Mateus Gomes Almeida
Val Souza
felipe a avila
Julia Milward
Carlos Lima
Flávia Romano Baxhix
Carolina Foes Krieger
Estefania Gavina
Bender Arruda
1º lugar — Rogério Vieira — Somos Todos Alvos Aqui — 1º lugar — Rogério Vieira — Somos Todos Alvos Aqui
que nasce com a intenção de manter vivo o debate sobre a violência
policial sofrida por pessoas das periferias e favelas do Brasil – pessoas
que na sua maioria são de pele preta.
Ferramentas e acessórios do dia a dia são usados como metáfora, e
se referem às mortes de pessoas assassinadas por policiais que confundiram uma ferramenta com arma de fogo. Em uma segunda-feira, 17 de
setembro de 2018, Rodrigo Alexandre da Silva Serrano foi baleado por
policiais que teriam confundido seu guarda-chuva com um fuzil. Qual a
cor da pele do Rodrigo?
2º lugar e Menção especial Prix Photo Climat — Mateus Gomes Almeida — Escombros — 2º lugar e Menção especial Prix Photo Climat — Mateus Gomes Almeida — Escombros
3º lugar — Val Souza — Estudos de Vênus #1 — 3º lugar — Val Souza — Estudos de Vênus #1
A observação da repetição e ecos de alguns gestos e poses explora a dinâmica crítica das imagens difundidas e contidas nos arquivos das expedições científicas e artísticas de artistas franco-alemães, bem como as possibilidades de compreensão intersubjetiva das iconografias e da projeção dessas imagens. O estudo dos Cartés de Visité, nos fornece indicios importantes para enteder o processo de iconização das imagens de mulheres negras. Tais imagens produzidas no século XIX, chamam a atenção tanto pela qualidade estética, sua potência enquanto agência, a capacidade de produzir sentidos, de convocar diferentes apropriações e usos, e, finalmente pelas discussões em torno e pelas camadas de produção delas. Através do estudo das características formais presentes nessas imagens como: enquadramento, posição das mãos, poses corporais e/ou cores saturadas, que esta série estuda a construção da pose como agente capaz de construir uma autoimagem.
Menção especial Prix Centro Foto Copa — felipe a avila — Na sua pele consigo tocar o céu — Menção especial Prix Centro Foto Copa — felipe a avila — Na sua pele consigo tocar o céu
No toque, os corpos dissidentes do CIStema hetero branco patriarcal se curam, e conseguem efemeramente viver o sonho da liberdade em vida, experimentar uma corporalidade diferente do binarismo do gênero, reivindicando a transição e a metamorfose, abraçando a fragilidade e a delicadeza, vivendo outra performatividade de masculinidade, que não abre mão do lado feminino e reivindica sua masculinidade à margem. Do fogo desses encontros nascem estrelas com luz própria, no toque da pele com o espaço e na relação com os seres vegetais e minerais, reencantamos e entendemos outras dimensões do corpo.
Tudo que é vivo se transforma, a natureza é mudança, a cura se dá na transformação, no encontro a gente mergulha no abismo e se dilui no universo.
Menção especial Prix Centro Foto Copa — Julia Milward — Excursões Reflex: vistas — Menção especial Prix Centro Foto Copa — Julia Milward — Excursões Reflex: vistas
“No meio do caminho tinha uma pedra.” Carlos Drummond de Andrade
A heliografia do ponto de vista de uma janela do Le Gras (Nicéphore Niépce, 1826 ou 1827) inaugura a técnica que daria origem ao daguerreótipo (e, consequentemente, a fotografia). Fora as razões pragmáticas que levaram Niépce representar o tema pictórico da paisagem, essa fotogravura solar é um convite para essa outra forma de ver o lá do cá. E, nessa nova proposição de olhar, não é apenas o mundo que se apresenta para nós, mas também somos nós que temos a sensação estarmos presentes nele. Com o advento da fotografia, o imaginário da viagem passa a ser permeado por ela, que mostra o longíquo em reproduções acessíveis e transportáveis, entre o colo (Álbuns Daguerreótipos) e a palma da mão (cartão-postal).
Em “Excursões Reflex” parto dos álbuns “Excursions Daguerriennes : vues et monuments les plus remarquables du Globe”, um conjunto de gravuras modeladas a partir de daguerreótipos de vários lugares e monumentos mundiais, para repensar a relação entre o humano e a paisagem no contexto contemporâneo. Como olhar para a paisagem depois do excesso de imagens? Repetindo o gesto dos anteriores, percorro os caminhos já feitos, viajo com uma câmera reflex analógica e 15 filmes, procuro o clichê da ruína nos desertos sul-americanos.
Ao atravessar esse lugar pleno de conceito, me deparei com o artificial, o simulacro e o fictício. Deixei-me guiar pelas coisas dispostas no território, experimentei o deserto através dos rastros, segui os caminhos fora dos mapas oficiais iniciados por alheios desconhecidos, inscrevi um trajeto escrito no encontro entre os meus passos e das almas que um dia ali estiveram.
Menção especial Prix Centro Foto Copa — Carlos Lima — No refúgio eu sou tudo e não sou ninguém — Menção especial Prix Centro Foto Copa — Carlos Lima — No refúgio eu sou tudo e não sou ninguém
Esta é uma série de fotografias analógicas, em preto e branco, que procura ilustrar o corpo cansado que busca refúgio para relembrar da sua natureza primordial. Caminhando no sentido inverso da lógica do consumismo, ele abre mão do clichê de obter a originalidade através do consumo, e abandona a cansativa tarefa de construir uma identidade perfeita para assim poder se integrar ao todo. Reconectando-se com sua origem inseparável e não dual, ele aos poucos ressignifica a sua sensorialidade e se liberta do mundo das aparências.
Prêmio do júri popular — Flávia Romano Baxhix — MiraDor — Prêmio do júri popular — Flávia Romano Baxhix — MiraDor
Menção honrosa — Carolina Foes Krieger — Nostalgia da Clareira — Menção honrosa — Carolina Foes Krieger — Nostalgia da Clareira
Partindo de uma experiência pessoal, tracei reflexões sobre o processo de criação de imagens como uma abertura ao desconhecido: a mente inconsciente, ou seja, o desconhecido em nós mesmos, aquilo que não controlamos e sempre nos escapa, escapando ao próprio tempo e se alongando em nossos comportamentos e sentimentos.
Neste ensaio fui movida por um desejo imperioso de criar imagens, gerando colagens em que unia fotografias autorais com retratos de minha mãe ou fotografias realizadas por ela. Num dos retratos lancei o gesto de cobrir seu rosto com as palavras: “o grande mistério”.
Em 2 de julho de 2021, logo após o término do ensaio, uma imagem de outra ordem se estabeleceu: a morte de minha mãe. Ela agora habita o “Grande Mistério”, e pelo tempo que houver de ser, ficam os traços dessa pergunta: seriam as imagens capazes de elaborar algo que vai nos acontecer?
Menção honrosa — Estefania Gavina — Inventores do Amanhã, 2020 - 2023 — Menção honrosa — Estefania Gavina — Inventores do Amanhã, 2020 - 2023
Estes retratos identitários são documentos que revelam, a um só tempo, um modo de singularizar esses sujeitos e de sinalizar sua pertença ao corpo institucional. Este trabalho pretende olhar poeticamente para os resíduos dessas pequenas histórias incrustradas nessas imagens, misturando-as como os cacos do interior de um caleidoscópio. Remontando assim, tanto os seus traços comuns quanto suas singularidades, procurando repensar o que une e separa as vidas desses jovens, seus corpos e a própria instituição.
Menção honrosa — Bender Arruda — apagados — Menção honrosa — Bender Arruda — apagados
A série mostra intervenção com tinta preta e cor preta digital, onde não há pretos no centro das atenções, há apagamento dos "privilegiados". É um contra-ataque empático à história preta no Brasil. Os pretos sempre foram apagados.
O trabalho é um documento que reúne uma série de fotos analógicas, foto de arquivo, com manipulação digital. É um documento, um arquivo, uma memória de um frame da história do Brasil, por meio fotográfico, preto e branco, cru.
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Prêmio Residência
Artística na França
-Voo internacional com a Air France;
-Residência artística de 3 meses em Paris como parte do programa "Institut français x Cité internationale des arts";
-Rede de contatos e apoio profissional pelo Réseau Diagonal, pelo Institut français de Paris e pela Cité internationale des arts.
-Exposição na Alliance Française

Prêmio
Lovely House
- Exposição na Aliança Francesa
- Projeção no âmbito da noite Iandé durante o festival Les Rencontres d'Arles

Prêmio
Ateliê Oriente
- Exposição na Aliança Francesa

Prêmio Voto
do Público

Prêmio Bienal
PhotoClimat

Amazônias: Madeira de dentro. Madeira de fora

O tempo é alfinete: encontro com os diários fotográficos de Joaquim Paiva

Abertura do edital do programa de residência artística “O Caminho”
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Erika Negrel
Erika Negrel é secretária-geral da Rede Diagonal, uma rede francesa de espaços dedicados à fotografia, desde 2017. Trabalha, há mais de 10 anos, em programas de residência em arte contemporânea e participa, desde 2008, no desenvolvimento da rede territorial de arte contemporânea da metrópole de Marselha, “Provence Art Contemporain”. É também co-fundadora do programa “Coletivo”, de apoio à profissionalização para artistas visuais da Região Sul.

Denise Zanet
Diretora da Initial LABO localizada em Boulogne-Billancourt, Denise Zanet criou um espaço onde convivem profissionais e amadores, a fim de incrementar uma nova dinâmica que valoriza e promove a exposição de fotógrafos.
Initial LABO traz um conceito inovador totalmente dedicado à arte da fotografia em torno do laboratório fotográfico: uma galeria, uma livraria e uma loja dedicadas à fotografia.
Colabora com importantes projetos fotográficos e participa diretamente com Visa Pour l’Image, Planches Contact à Deauville, Festival Photo La Gacilly, Les Escales Photo, Prix Résidence pour la photographie de la Fondation des Treilles, L’oeil Urbain, la manifestation Réflexivités à Lourmarin, la Fondation Carmignac e mais recentemente com les Rencontres du 10eme à Paris.
Denise Zanet está na origem do mecenato que, juntamente com a Biblioteca Nacional da França, constitui há 5 anos uma coleção de fotógrafos contemporâneos brasileiros Un Fonds Photographique Brésilien.
Além deste projeto, trabalha para a difusão da fotografia brasileira na França através de uma curadoria especializada de livros fotográficos brasileiros na livraria e a implementação de encontros e programações em diferentes instituições e festivais, como no OFF durante o Festival de Arles 2023.

Marly Porto
Marly Porto atua no campo do estudo e pesquisa sobre fotografia brasileira, seus processos, práticas e teorias, há mais de 20 anos. Bacharel em “Arte: História, crítica e curadoria” (Pontifícia Universidade Católica) e Mestre em “Estética e História da Arte” pela Universidade de São Paulo é autora do livro Eduardo Salvatore e seu papel como articulador do fotoclubismo paulista (2018).
Curadora adjunta da Coleção de Fotografias Brasileiras Contemporâneas da Bibliotèque nationale de France (BnF) desde 2023, é também a criadora do Festival Photothings de Fotografias.
Desenvolveu a área de projetos artísticos para o Institut d’ Education et des Pratiques Cittoyennes (IEPC), instituição que reúne 13 creches para crianças de 0 a 3 anos, localizadas em Aubervilliers (Paris), entre os anos 2018 e 2020.
Como palestrante participou da conferência In black and white: photography, race and the modern impulse in brazil at midcentury apresentada pelo Museum of Modern Art (MoMA, New York, 2017) entre outras, ministradas em São Paulo (Brasil), Zagreb (Croácia) e Ciudad de Mexico (México).
Assina a coordenação de inúmeros livros, exposições e seminários sobre fotografia.

Héloïse Conésa
Com doutorado em história da arte, Héloïse Conésa é chefe do departamento de fotografia e curadora responsável pela fotografia contemporânea na Bibliothèque nationale de France desde 2014. Anteriormente, no MAMC em Estrasburgo, foi curadora das exposições Robert Cahen, Entrevoir e Patrick Bailly Maître Grand, colles et chimères. Na BnF, ela foi curadora principal ou associada de várias exposições, incluindo Paysages français, une aventure photographique (BnF, 2017), Denis Brihat, de la nature des choses (BnF, 2019), Ruines – Josef Koudelka (BnF, 2020), Ce monde qui nous regarde : les 15 ans de l’agence NOOR (BnF, 2022), Noir et blanc, une esthétique de la photographie (BnF, 2023), Epreuves de la matière, la photographie contemporaine et ses métamorphoses (BnF, 2023). Ela ajudou a dirigir a grande comissão fotográfica confiada à BnF pelo Ministério da Cultura: “Radioscopie de la France des années 2020” (Radioscopia da França dos anos 2020), e foi curadora da exposição que a produziu: La France sous leurs yeux (BnF, 2024).

Matheus Leite
Natural de Salvador, Matheus L8, em sua obra, busca explorar a riqueza étnica e estética do Brasil, utilizando a história como uma lente para compreender e se relacionar o mundo. Transcendendo entre a fotografia, o audiovisual e a música, o artista se dedica a capturar em imagens os múltiplos aspectos da cultura negra, da diáspora e das complexidades da identidade negra.
Seu percurso nas artes visuais é marcado por uma jornada autodidata, onde aprimorou sua técnica como meio para expressar seu olhar
Em 2020, Matheus L8 conquistou o prêmio internacional de fotografia da Sony, o Sony World Photography Awards, com uma fotografia da série “Afrocentrípeta”, que pensa as reverberações da diáspora sob uma perspectiva intrarracial.
Em 2023, Matheus foi vencedor do Prêmio Nacional Pierre Verger pelo seu trabalho na série “As Caretas do Mingau”. Como fotógrafo é responsável pela identidade visual do festival Afropunk Brasil.

Lucie Brechette
Lucie Brechette é gerente de projetos no Instituto Francês, no Departamento de Mobilidade e Eventos Internacionais. É responsável pelo programa de residência multidisciplinar Institut français x Cité internationale des arts, que recebe mais de 70 artistas estrangeiros por ano em Paris. Trabalhou em Montreal, na Darling Foundry e no Palais de Tokyo, no Departamento de Artes Performativas. É também cofundadora e membro ativo do coletivo curatorial Magnetic Fields, que organiza exposições na Île-de-France.

Denise Camargo
Artista visual, curadora, educadora, gestora cultural. É doutora em Artes (Instituto de Artes/Unicamp) e mestra em Ciências da Comunicação (Escola de Comunicações e Artes/USP). Sua atuação artística abrange a poética das relações, as matrizes ancestrais das diásporas negras, os corpos em territórios de resistência social e política, as políticas das representações. Sua abordagem é autobiográfica e contra-colonial. Suas linguagens são a imagem fotográfica, a escrita e leitura performativas. Sua produção é vetor para o ensino e para a pesquisa que desenvolve no Programa de Pós-graduação em Artes Visuais no Departamento de Artes Visuais, da Universidade de Brasília, onde é docente.

Luciana Molisani
Luciana Molisani é editora, curadora de livros de arte e desenhista gráfica, graduada em Artes Visuais pela FAAP-SP. Em 2018, em parceria com José Fujocka, inaugura a Lovely House, editora e casa de livros especializada em publicação e comercialização de livros de arte, com ênfase em fotografia. Idealiza e coordena a IMAGINÁRIA_Festa do Fotolivro, o primeiro festival brasileiro dedicado aos livros de fotografia que teve a sua 1ª edição em 2021. Ao lado de Daniele Queiroz, fez a curadoria da exposição Constelações Latinas – encontros em fotolivros, com a participação de artistas latinas e que tem transitado por festivais, como IMAGINÁRIA_02 e Solar Foto Festival.

Marcela Bonfim
Economista, Marcela Bonfim, era outra até os 27 anos. Na capital paulista, acreditava no discurso da meritocracia. Já em Rondônia; adquiriu uma câmera fotográfica e no lugar das ideias deu espaço a imagens e contextos de uma Amazônia afastada das mentes de fora; mas latentes às vias de dentro. As lentes foram além; captando da diversidade e das inúmeras presenças negras; potências e sentidos antes desconhecidos a seu próprio corpo recém-enegrecido.
Em seu trabalho ela aborda a questão: quanto tempo demora, o negro, para se firmar nesse mundo (in)visível?
Para saber mais sobre o trabalho de Marcela Bonfim: www.amazonianegra.com.br e www.madeiradedentro.com

Nicolas Henry
Nicolas Henry é um fotógrafo e diretor artístico francês. Primeiro designer de iluminação e cenógrafo, depois diretor do projeto “6 milliards d’autres” de Yann Arthus-Bertrand, ele agora desenvolve seu trabalho pessoal. As suas séries produzidas em todo o mundo, os seus contos fotográficos e as suas instalações monumentais são o teatro de universos oníricos construídos por comunidades inteiras, que testemunham os seus compromissos solidários, humanistas e ambientais.

Paulo Marcos
Paulo Marcos de Mendonça Lima é fotógrafo profissional desde 1980, curador, professor e produtor cultural. Foi editor de fotografia dos Jornais O Globo, Lance! e O Dia. Em 2007 publicou Kuaruap Quarup, com textos de Antônio Callado e Milton Guran. É coordenador de exposições e membro do grupo gestor do FotoRio. Desde 2016 dirige o Ateliê Oriente junto com Kitty Paranaguá. Como fotógrafo participou de inúmeras exposições no Brasil e fora, com destaque para “Brazilian Photography” no Museu Ludwig em Koblenz, Alemanha; “Quarup Kuarup”na G12 em Londres e “Perimetranse” no Museu Histórico Nacional no Rio de Janeiro.