Courant 2011, je suis parti à la rencontre de 15 lycéens français âgés de 15 à 18 ans, en compagnie du journaliste Michael Szadkowski. L’objectif était de documenter le quotidien de ceux qui se trouvent à la frontière entre l’enfance et l’âge adulte. Sans chercher à être exhaustifs, fuyant les clichés et les « tribus », nous voulions parler de l’adolescence normale. Insouciance, responsabilisation, envie de liberté, futur incertain, convictions éphémères, romantisme, hormones et corps en pleine mutation font de cette période un âge où tout oscille.

Todos os anos, em novembro, eles chegam – oriundos de outros estados do nordeste como Piauí, Ceará e Pernambuco – para a colheita da cana de açúcar no Recôncavo da Bahia. Aqui, a colheita ainda é feita manualmente, mas, logo tudo vai ser mecanizado. Eles queimam as folhas da cana à noite para facilitar a colheita na manhã seguinte. Esses trabalhadores migrantes da cana de açúcar são, em sua maioria, jovens humildes analfabetos e explorados nesse trabalho semi-escravo. Eles vem em busca de pequenos ganhos para sustentar suas famílias em casa. Eles olham para minha câmera com curiosidade, desconfiança, humildade e, de vez em quando, eu consigo capturar um sorriso disfarçando a humilhação. Acordam às 4 da manhã, no alojamento da companhia, e, após um magro café da manhã, eles são levados para o canavial onde começam a trabalhar, às 7hs. Por volta das 10 da manhã, eles já estão exaustos e famintos. Neste ensaio fotográfico eu concentrei meu foco no tipo físico, na interação entre eles e nas suas reações ao serem fotografados, ora com indignação, ora com surpresa e constrangimento, porém, na maioria das vezes, busquei retratar a divina bondade nos olhos dessa gente oprimida que num futuro próximo será descartada pelo progresso como um bagaço de cana.

Numa localidade incrustada na selva amazônica, seu Agamenon recebe os netos. É fim de semana e depois do almoço aproveita a visita para cortar, no fio da navalha, o cabelo de uma das criança. Há milhares de quilômetros dali, meninas da periferia de uma cidade portuária aprendem Ginástica Olímpica, depois da aula. Meninos sonham com um futuro melhor assistindo o jogo da Seleção brasileira num boteco de beira de estrada. Instantes de um Brasil que cresce, apesar das ausências, ora da família, ora do Estado, e constantemente da sociedade que prefere mergulhar nas imagens publicitárias das revistas a olhar pra si mesma. Meu ensaio Olhai Por Nós é carregado de opinião, com imagens, por vezes, perturbadoras, como a do menino de longos cabelos que derrama lágrimas enquanto vê seu pai desmontar o barraco em que viviam, numa ocupação irregular, sob o cerco de mais de mil policiais, e outras tantas, por vezes, alegres, como os meninos que empinam pipa e se divertem, apesar das condições extremamente pobres da vila onde vivem. Minha série propõe, acima de tudo, uma reflexão a respeito de nós mesmos e de nossa parcela de responsabilidade com o outro.

Avec la série Charades je souhaitais travailler la photographie tel un peintre qui décide du geste de son modèle. Un lieu de ces mises en scène : Amiens. Ces « Charades » jouaient la contiguïté et l’harmonie espérées entre le vêtement du modèle, la teinte de sa peau et le fond coloré de la ville. Ainsi chaque photographie offre l’apparence d’un mouvement éphémère… mais c’est encore une apparence, puisque chaque scène photographiée redouble d’une fixité : celle du modèle conscient devenu l’acteur docile de son photographe.