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Caio Rosa
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Ana mendes
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Prêmio Residência Artística na França — Caio Rosa — For Sale Series — Prêmio Residência Artística na França — Caio Rosa — For Sale Series
“Fui Oriente de uma bússola sem norte.
Para alguns o outro.
A mais-valia da pele brilhante, controversa como o tempo.
Para muitos o leite preto que alimenta, o jardim sempre-viva.
Absolvição de toda luz e cor.
A travessia, o encontro, a passagem.”
For Sale Series consiste em autorretratos que trazem frases, características físicas, expressões corporais e códigos culturais que visam questionar os estereótipos históricos relacionados à imagem da população negra. A série traz para o presente, discussões que partem da minha experiência e reflexão sobre a prática da fotografia, violência estatal, o mercado de arte, saúde mental e a multiplicidade cultural e performática do corpo negro no mundo.
Para alguns o outro.
A mais-valia da pele brilhante, controversa como o tempo.
Para muitos o leite preto que alimenta, o jardim sempre-viva.
Absolvição de toda luz e cor.
A travessia, o encontro, a passagem.”
For Sale Series consiste em autorretratos que trazem frases, características físicas, expressões corporais e códigos culturais que visam questionar os estereótipos históricos relacionados à imagem da população negra. A série traz para o presente, discussões que partem da minha experiência e reflexão sobre a prática da fotografia, violência estatal, o mercado de arte, saúde mental e a multiplicidade cultural e performática do corpo negro no mundo.
Prêmio Lovely House — Ana mendes — Eu não sabia que ia ser militar — Prêmio Lovely House — Ana mendes — Eu não sabia que ia ser militar
No ano de 1983, final da ditadura militar, a aeronáutica brasileira recrutou 30 jovens quilombolas de Alcântara, no Maranhão, para o serviço militar. Os jovens (todos negros) compuseram as equipes de remoção que ajudou a deslocar compulsoriamente 312 famílias para a construção do CLA, Centro de Lançamento de Alcântara.
Sérvulo Borges foi um desses meninos: dos 18 aos 24 anos serviu na Aeronáutica. Mas depois que saiu, transformou-se em uma das principais lideranças na luta pela titulação do território étnico de Alcântara e contra a expansão do CLA - que ainda hoje ameaça remover mais comunidades.
O projeto aeroespacial brasileiro foi um fracasso, ainda hoje é. A promessa de progresso e viagem ao espaço nunca chegou da maneira como foi planejada, o empreendimento não movimentou a economia, ao contrário, mobilizou dor e trauma, mudou trajetórias de vida, como a de Borges que foi obrigado a remover seus próprios parentes e carrega na memória a indignação do período em que serviu muito jovem ao exército estimulado pelos país que queriam um futuro melhor pro seu filho.
“Eu não sabia que ia ser militar, se eu soubesse nunca teria aceitado”, conta ele apontando para o álbum de fotos amarelado pelo tempo. Álbum esse que tive a honra (e autorização) de me apropriar e intervir para quem sabe, através da arte ecoar histórias antigas, mas tão atuais. E perguntar: qual o custo do desenvolvimento?
Sérvulo Borges foi um desses meninos: dos 18 aos 24 anos serviu na Aeronáutica. Mas depois que saiu, transformou-se em uma das principais lideranças na luta pela titulação do território étnico de Alcântara e contra a expansão do CLA - que ainda hoje ameaça remover mais comunidades.
O projeto aeroespacial brasileiro foi um fracasso, ainda hoje é. A promessa de progresso e viagem ao espaço nunca chegou da maneira como foi planejada, o empreendimento não movimentou a economia, ao contrário, mobilizou dor e trauma, mudou trajetórias de vida, como a de Borges que foi obrigado a remover seus próprios parentes e carrega na memória a indignação do período em que serviu muito jovem ao exército estimulado pelos país que queriam um futuro melhor pro seu filho.
“Eu não sabia que ia ser militar, se eu soubesse nunca teria aceitado”, conta ele apontando para o álbum de fotos amarelado pelo tempo. Álbum esse que tive a honra (e autorização) de me apropriar e intervir para quem sabe, através da arte ecoar histórias antigas, mas tão atuais. E perguntar: qual o custo do desenvolvimento?
Prêmio Ateliê Oriente — Juliana Jacyntho — as coisas restarão para apagar as luzes do mundo — Prêmio Ateliê Oriente — Juliana Jacyntho — as coisas restarão para apagar as luzes do mundo
Este ensaio parte de imagens de um apartamento abandonado que fotografo desde 2017, situado na cidade que nasci. Nele, morei nos meus primeiros meses de vida com meus pais. Nele, viveu até próximo do fim de sua vida a minha bisavó materna e seus quadros, seus objetos domésticos, rastros de uma vida tranquila e pacata no interior do estado do Rio de Janeiro.
Em estado de abandono e recebendo pilhas de descartes de um comércio vizinho nos últimos anos, o apartamento ganhou contornos fantasmais. As pessoas que ali viveram não mais se encontram presentes. A memória do vivido é turva. Mas as coisas ali estão, testemunhas silenciosas que sobraram, confidenciam segredos, contam a história. E nos olham. Articulando movimentos sutis, as coisas brotam na madeira, racham paredes, mancham as portas, anarquizam o dado e posto para, assim, propor uma nova ordem e escolher lugares possíveis no mundo.
Vivemos a era de catástrofes climáticas, guerras, epidemias. Nossa história é marcada pelo antropocentrismo e pela gula capitalista que deságua na produção excessiva de bens de consumo. Não viveremos o suficiente para consumir tudo o que produzimos e, munidos por algum cinismo tolo, desviamos de montanhas de lixo como se não fosse nosso o problema. Olhemos de volta para as coisas. Escavando memórias, recolhendo e acolhendo o que vimos deixando pelo caminho nos últimos séculos, quem sabe, atravessaremos.
Este trabalho propõe, através de fotografias e assemblagens, um deslocamento do olhar. Uma contranarrativa da história. No centro, as coisas despidas de sua funcionalidade: coisas-livres. Coisas que nos interpelam a assumir uma posição de alteridade perante o mundo e o nosso entorno.
Em estado de abandono e recebendo pilhas de descartes de um comércio vizinho nos últimos anos, o apartamento ganhou contornos fantasmais. As pessoas que ali viveram não mais se encontram presentes. A memória do vivido é turva. Mas as coisas ali estão, testemunhas silenciosas que sobraram, confidenciam segredos, contam a história. E nos olham. Articulando movimentos sutis, as coisas brotam na madeira, racham paredes, mancham as portas, anarquizam o dado e posto para, assim, propor uma nova ordem e escolher lugares possíveis no mundo.
Vivemos a era de catástrofes climáticas, guerras, epidemias. Nossa história é marcada pelo antropocentrismo e pela gula capitalista que deságua na produção excessiva de bens de consumo. Não viveremos o suficiente para consumir tudo o que produzimos e, munidos por algum cinismo tolo, desviamos de montanhas de lixo como se não fosse nosso o problema. Olhemos de volta para as coisas. Escavando memórias, recolhendo e acolhendo o que vimos deixando pelo caminho nos últimos séculos, quem sabe, atravessaremos.
Este trabalho propõe, através de fotografias e assemblagens, um deslocamento do olhar. Uma contranarrativa da história. No centro, as coisas despidas de sua funcionalidade: coisas-livres. Coisas que nos interpelam a assumir uma posição de alteridade perante o mundo e o nosso entorno.
Prêmio Bienal PhotoClima — Jéner Neves — Memórias de um Fotógrafo Quando Jovem — Prêmio Bienal PhotoClima — Jéner Neves — Memórias de um Fotógrafo Quando Jovem
Trecho de uma carta escrita há 83 anos que foi encontrada recentemente junto com algumas fotografias
Lembra de quando eu era apenas uma criança brincado pelas ruas sempre que você chegava?
Era uma alegria jogar bola com os pés descalços e deslizar na terra molhada.
Você sempre foi bem-vinda!
Quanto tempo passou.
Cresci, não jogo mais bola e agora tenho um câmera, que me apresenta um outro mundo. Isso me transformou.
E percebi que você também mudou.
Já não era tão bom te encontrar.
Ainda assim, não consigo ter ódio de você.
Das fotos que fiz nessa época, que ironia, você mesma se encarregou de destruir grande parte.
Restaram essas poucas.
Nelas vejo que você não tem culpa.
Quero ter a esperança de que isso nunca mais volte a acontecer.
Talvez, assim como na infância, eu ainda possa encontrar um vestígio de alegria quando suas gotas, ao tocarem o chão, apenas molhem novamente a terra para que outras crianças deslizem sobre ela.
Rio Grande do Sul, 7 de maio de 1941.
Obs.: Imagens geradas por IA
Lembra de quando eu era apenas uma criança brincado pelas ruas sempre que você chegava?
Era uma alegria jogar bola com os pés descalços e deslizar na terra molhada.
Você sempre foi bem-vinda!
Quanto tempo passou.
Cresci, não jogo mais bola e agora tenho um câmera, que me apresenta um outro mundo. Isso me transformou.
E percebi que você também mudou.
Já não era tão bom te encontrar.
Ainda assim, não consigo ter ódio de você.
Das fotos que fiz nessa época, que ironia, você mesma se encarregou de destruir grande parte.
Restaram essas poucas.
Nelas vejo que você não tem culpa.
Quero ter a esperança de que isso nunca mais volte a acontecer.
Talvez, assim como na infância, eu ainda possa encontrar um vestígio de alegria quando suas gotas, ao tocarem o chão, apenas molhem novamente a terra para que outras crianças deslizem sobre ela.
Rio Grande do Sul, 7 de maio de 1941.
Obs.: Imagens geradas por IA
Menção Honrosa — Silvana Pinto Mendes — Afetocolagens: Reconstruindo Narrativas Visuais de Pessoas Negras na Fotografia Colonial — Menção Honrosa — Silvana Pinto Mendes — Afetocolagens: Reconstruindo Narrativas Visuais de Pessoas Negras na Fotografia Colonial
A série de colagens digitais recria imagens de pessoas negras que (res)existiram aos processos de colonização no Brasil na segunda metade do século XIX foram desconstruídas de suas visualidades iniciais nas fotografias de Alberto Henshel (1827-82) que tornou-se conhecido por contribuir ao desenvolvimento da fotografia, mas por outro lado, traz à tona questões sobre o imaginário social construído que aloca pessoas negras como legítimas ao sofrimento também presente na história da fotografia. Nesse sentido, com objetivo de trazer uma dupla provocação que envolve ser afetado ou a capacidade de sentir diversos afetos, as afetocolagens transportam corpos tidos como objetos para um lugar conforto para existências pretas. Em contraponto aos racismos cotidianos e a constante reprodução de um sistema estrutural de sofrimento a corpos negros, este trabalho se preocupa em desfazer um conceito de fotografia criadora de estereótipos para criar uma semiótica de confronto/encontro.
Prêmio Voto do Público — Moema Novais Costa — #EleNão: o grito das mulheres — Prêmio Voto do Público — Moema Novais Costa — #EleNão: o grito das mulheres
Jair Bolsonaro, ex-capitão do exército, entrou para a política em 1988 e exerceu o cargo de deputado federal por 27 anos. Ele era conhecido na mídia por dar entrevistas, muitas vezes consideradas polêmicas, atacando grupos minoritários como as mulheres, os negros e os homossexuais. Em 2018 ele saiu como candidato para a presidência da república. Essa atitude despertou diversas reações, alguns o apoiando diretamente e outros repugnando. Foi nesse contexto que surgiu o movimento #EleNão, liderado por mulheres e espalhado por todo o Brasil, contrário à candidatura de Bolsonaro. Foram realizadas diversas manifestações, movimentações nas redes sociais, mesas de “vira voto” e muitos debates. De acordo com a autora Céli Regina Jardim Pinto, autora do livro Uma história do feminismo no Brasil, em entrevista para a BBC Brasil, o protesto #EleNão do dia 29 de setembro de 2018 foi a maior manifestação de mulheres na história do país. Nos protestos, os participantes rebatiam as falas machistas, racistas, homofóbicas, favoráveis à tortura e à ditadura, contra os povos originários e aos direitos humanos que Bolsonaro disse nas mídias. O #EleNão foi um momento de união de vários grupos contra um movimento mais conservador, que despertou debates em diversas esferas. Jair Bolsonaro acabou eleito no segundo turno, mas o movimento continuou ao longo de todo o seu governo, ainda se mantém questionando as ações dos seus aliados e se articulando para um enfraquecimento da herança bolsonarista na política e na sociedade.
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Suspendisse aliquam libero mi, a sollicitudin nisl suscipit blandit. Nullam venenatis lacus ex, vel elementum massa tincidunt id. Cras faucibus dolor nec mollis facilisis. Donec a justo rhoncus, aliquam ipsum in, ullamcorper nunc. Nulla facilisi. Aenean in fringilla leo. Nulla in ullamcorper erat. Donec quis dolor odio. In hac habitasse platea dictumst. Vivamus eu nisl risus. Vestibulum ut massa at dolor posuere auctor. Sed bibendum pellentesque ex, consequat pharetra erat fermentum non. Donec molestie convallis lectus tincidunt ornare. Vivamus accumsan magna ac augue laoreet vehicula. Quisque et dapibus ipsum, eu pretium nunc. Quisque id bibendum eros. Maecenas elementum massa eu tellus.
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Sobre a próxima edição do Prix Photo
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Leia maisAbertura do edital do programa de residência artística “O Caminho”
A rede das Alianças Francesas no Brasil e a rede Diagonal, com o apoio do Instituto Francês e da Embaixada da França no Brasil, lançam a segunda edição do programa “O Caminho”, com o objetivo de valorizar e promover o panorama fotográfico francês no Brasil. O programa está dividido em duas partes: uma residência de pesquisa de um mês no Brasil entre Novembro e no meado de Dezembro de 2023, e a produção de uma exposição na galeria da Aliança Francesa do Rio de Janeiro que circulará na rede de Alianças Francesas no Brasil e seus parceiros (galerias, museus, etc.).
Idealizado num espírito de diálogo entre culturas e pontos de vista sobre o nosso mundo contemporâneo, o projeto visa incentivar o intercâmbio entre profissionais do setor fotográfico e iniciar um diálogo cultural rico e frutuoso entre a França e o Brasil.
As inscrições estão abertas até segunda-feira, 2 de Junho de 2023.
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