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Prix Photo
Fotógrafe e artista, vive em São Paulo, pós-graduade em História da Arte, realizou a exposição Masculino Dócil (2017) e publicou os fotolivros Corpo Presente (2019) e No Encontro Tudo Se Dilui (2022). Artista em transformação, pensa na câmera como uma ferramenta que possibilita criar através do encontro com outras pessoas. Vive e pesquisa a corporalidade além das fronteiras de um sistema cisgênero, buscando, no processo de fazer as fotografias, formas de experimentar a performatividade, de criar imagens de outra masculinidade e se relacionar com a paisagem e outros seres. Em 2023 participou da mostra de portfólios do Festival de Tiradentes e terá uma série publicada na revista Balam (Buenos Aires).

felipe a avila

SP
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felipe a avila
Brunno Covello - Prix Photo AF 2014

Na sua pele consigo tocar o céuNa sua pele consigo tocar o céuNa sua pele consigo tocar o céu

Além do clichê da masculinidade, podemos chorar, podemos apertar a mão com delicadeza, podemos fazer e receber carinho, acolher e ser frágil, celebrar a liberdade e o desejo de se tocar. Na sua pele, na palma da sua mão sinto tocar o céu estrelado.

No toque, os corpos dissidentes do CIStema hetero branco patriarcal se curam, e conseguem efemeramente viver o sonho da liberdade em vida, experimentar uma corporalidade diferente do binarismo do gênero, reivindicando a transição e a metamorfose, abraçando a fragilidade e a delicadeza, vivendo outra performatividade de masculinidade, que não abre mão do lado feminino e reivindica sua masculinidade à margem. Do fogo desses encontros nascem estrelas com luz própria, no toque da pele com o espaço e na relação com os seres vegetais e minerais, reencantamos e entendemos outras dimensões do corpo.

Tudo que é vivo se transforma, a natureza é mudança, a cura se dá na transformação, no encontro a gente mergulha no abismo e se dilui no universo.
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